domingo, 27 de novembro de 2011

Crise na Grécia provoca rebuliço na Mitologia...

Não resisti a mais um email que recebi de cultura inútil e venho dividi-lo com vocês.
Por conta da situação caótica em que a Grécia se encontra, parece que até a mitologia foi alcançada pela crise. Olhem só.

ACRÓPOLE
Primeiro, é tomada como favela,
posteriormente, pacificada pelo BOPE,
vendida a preço de banana e em seu lugar 
é inaugurada uma IURZ-Igreja Universal do Reino de Zeus

AFRODITE
Foi rodar bolsinha na esquina

AQUILES
 Multidão na Acrópole protesta
para que Aquiles trate seu calcanhar no SUS

ASCLÉPIO
(deus da medicina) Decide suspender
o atendimento pelos planos de saúde

ATENAS
 Entra em liquidação e muda seu nome para "Apenas";
vista trabalhando como garçonete na Alemanha

HADES
 Começa a vender suco de soja


HÉRCULES
Demitido dos seus 12 trabalhos, procura bico 
como segurança na casa de tolerância de Vênus
 
MEDUSA
 transforma pessoas em pedra e vai vender na Cracolândia
e faz concurso público para ser efetivada 
e deixar de fazer bico na ala dos ofídios em zoológico local

NARCISO

Vende seus espelhos para pagar dívida do cheque especial

PLATÃO
 De tanto andar com Sócrates, 
agora está na fila para transplante de fígado

ZEUS
Sem dinheiro para pagar uma diarista,
muda o nome de seu lar de “Olimpo” para “Ossujo
.
Posteriormente
vende o trono para José Sarney

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A armadilha da auto-sabotagem

Posto mais uma vez um texto que vi por aí, na rede e que me despertou interesse . Então, ainda que você se questione porque há tantas questões de outros no "PONTO CRÍTICO DE ROCHESTER HALFELD", eu já explico. A auto-sabotagem é um algo que cerca a todos. E talvez esse seja meu ponto mais crítico, de fato.

por: Bel Cesar
 
belcesar@ajato.com.br

Há momentos da vida que reconhecemos que estamos prontos para dar um novo salto, para efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de apelido. Mas, aos poucos, nós nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa vida passada. É como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos. Isso ocorre porque, apesar de querermos mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar! 
Em nosso íntimo, escutamos e obedecemos, sem nos darmos conta, ordens de nosso inconsciente geradas por frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças. 


Toda família tem as suas. Por exemplo: Não fale com estranhos é uma clássica. Como a nossa mente foi programada para não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados. Uma parte de nosso cérebro nos diz abra-se e a outra adverte cuidado. Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude: Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso

Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa.


Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Por isso, enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar. Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos. Nós nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com nosso problema raiz. 
A auto-ilusão é um jogo da mente que busca uma solução imediata para um conflito, ou seja, um modo de se adaptar a uma situação dolorosa, porém que não represente uma mudança ameaçadora.


Por exemplo, se durante a infância absorvemos a idéia de que de ser rico é ser invejado e assim menos amado, cada vez que tivermos a possibilidade de ampliar nosso patrimônio nós nos sentiremos ameaçados! Então, passaremos a criar dívidas, comprando além de nossas possibilidades, para nos sentirmos ricos, porém com os problemas já conhecidos de ser pobres. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-sabotando!
Na auto-ilusão, tudo parece perfeito. 


Atribuímos ao tempo e aos outros a solução mágica de nossos problemas: com o tempo a dor de uma perda passará; seu amado irá se arrepender de ter deixado você e voltará para seus braços como se nada houvesse ocorrido. No entanto, só quando passarmos a ter consciência de nossos erros é que não seremos mais vítimas deles! Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização. Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos!
Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos


Em geral, temos dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los. Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão. Reconhecer que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo é um desafio para conosco mesmos. Algumas de nossas auto-imagens não querem ser vistas! É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo. Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio. No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação. Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino. 
A auto-imagem não é permanente.



É o que o mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro The Self-Image (Ed. Crystal Mirror) 
De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem. Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor. É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado... 

Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornarmos flexíveis? 
Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso 'eu'. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida. Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou 'eu' ou 'si mesmo', poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem. 
A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. 


Ela o apanha, e você como que a congela. Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo, explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro Reflexões sobre a mente organizado por seu mestre Tarthang Tuku (Ed. Cultrix). Na próxima vez que você se pegar com frases prontas, aproveite para anotá-las! Elas revelam sua auto-imagem e são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem. Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal. O processo de autoconhecimento poderá então se tornar um jogo divertido e curioso sobre nós mesmos!